CULTURA AFRO-INDÍGENA: CONHECER PARA
RESPEITAR
Projeto construído com o intuito de expandir
o conhecimento de educadores e educandos acerca da importância da cultura
afro-indígena, aplicado na E. E. E. M. Castro Alves.
Construído por Catia Silene Delatorre
SUMÁRIO
2
OBJETIVOS
2.1 Objetivo geral
Preservar, incentivar e valorizar as manifestações
culturais dos descendentes da imigração Africana e dos habitantes brasileiros
população indígena.
2.2 Objetivos específicos
Desmistificar
ideias e concepções (pré) adquiridas e geralmente carregadas de sentidos
negativos e desvalorativos;
Convidar Grupo
de Cultura Afro-brasileira para efetuar apresentação e palestra;
Efetuar passeio
cultura para Reserva Indígena de Vicente Dutra;
Efetuar pesquisa elencando,
as práticas religiosas dos antepassados e a atual - Cosmologia (crenças –
rituais que são celebrados), os hábitos, costumes, mitos, festas, os aspectos
históricos e geográficos da comunidade: a paisagem, rios, tipos de moradias,
economia; o papel do cacique e do pajé na comunidade; o aspecto histórico:
forma de organização, hierarquias, datas importantes, relações de poder,
relação com a sociedade envolvente, regras e leis; como as crianças aprendem
por meio da cultura oral dos mais velhos e o que elas aprendem na escola; e,
finalmente, como se dá a educação na cultura, envolvendo o papel dos mais
velhos na educação de seus filhos e como acontece essa educação;
SÉRIES
INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Contagem da
história "Menina bonita do laço de fita", dramatização, interpretação
da história.
A "Lenda do
tambor", história e dramatização.
Histórias
infantis africanas. Conto: "Ynari, a menina das
cinco tranças", Confecção da boneca.
SÉRIES
FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
LINGUA PORTUGUESA, LITERATURA E LÍNGUAS ADICIONAIS
Realizar com os
alunos estudos e pesquisas de países que falam a língua portuguesa. O que os
une? Quais as razões? Atualmente como estão esses países? Qual a composição
étnica? Apurar diferenças do português falado e escrito entre eles. Exemplos:
na alimentação: vatapá, acarajé, caruru, canjica, etc...; na música: os
instrumentos musicais maracá, cuíca, atabaque, rece-reco, agogô,
e na religião: umbanda e candomblé.
Ler, interpretar e produzir
textos de gêneros distintos sobre a temática abordada;
Apresentar
leituras realizadas em forma de Seminário;
Estudar
as palavras e sua origem indígena e africana;
Resgatar
a música afro-brasileira e indígena;
Produzir paródias em Língua
Espanhola a partir dos ritmos;
Debater sobre
textos propostos aos alunos, solicitar que produzam textos sobre temas como: o
racismo no Brasil; a presença do negro na mídia; políticas afirmativas, cotas; mercado
de trabalho, etc.
Analisar
implicações de carga pejorativa atribuída ao termo negro e outras expressões do
vocabulário.
Realizar com os
alunos estudos de obras literárias de escritores negros como Cruz e Souza, Lima
Barreto, Machado de Assis, Solano Trindade, etc., destacando a contribuição do
povo negro à cultura nacional;
Ler e
interpretar letras de músicas relacionadas à questão racial e indígena.
Propiciar acesso
aos gêneros musicais do samba, rap, blues, maracatu...
Propor que os
alunos produzam poesias relacionadas ao povo afro-brasileiro e indígena e sua
cultura.
Realizar estudos
de obras brasileiras que discutam, abordem questões relacionadas à cultura afro-brasileira
e indígena: Macunaíma, Mário de Andrade; Casa Grande e Senzala, Gilberto
Freyre; O Escravo, Castro Alves; Sermões do Pe Antonio Vieira; A cidade de
Deus, Paulo Lins; O mulato, Aluísio de Azevedo; O bom crioulo, Adolfo Caminha. Concepções
Indianistas: (José de Alencar) Ubirajara, Iracema, entre outros.
Na pintura,
interpretar obras de Di Cavalcanti, Lazar Segall e Cândido Portinari que
retratam a figura do negro; Debret, (Moema, 1866) Victor
Meirelles;
HISTÓRIA
Construir um
novo olhar sobre a história nacional/regional local e ressaltar a contribuição
dos africanos e indígenas na constituição da nação brasileira.
Estudar os remanescentes de quilombos, sua
cultura material e imaterial e as resistências do povo negro (Quilombos,
Revolta dos Maiês, Canudos, Revolta da Chibata e todas as formas de negociação
e conflito); do significado da data 20 de novembro, repensando o 13 de maio.
Resgatar a trajetória do negro no Brasil;
Verificar
como se deu a evolução econômica, cultural, política, social indígena;
Esclarecer
sobre a desapropriação de terras por povos indígenas;
Pesquisar
o Sistema econômico utilizados por povos
africanos e indígenas;
GEOGRAFIA
Sendo a
Geografia a ciência cujo objetivo é o espaço geográfico e suas interelações:
A população brasileira:
miscigenação de povos;
A distribuição espacial da
população afrodescendentes e indígena no Brasil;
A contribuição do negro e do
índio na construção da nação brasileira;
O movimento do povo africano
e indígena no tempo e no espaço: Questões relativas ao trabalho e a renda; A
colonização da África pelos europeus; A origem dos grupos étnicos que foram
trazidos para o Brasil (rota da escravidão; A política de imigração e a teoria
do embranquecimento no mundo; Localização no mapa e pesquisar sobre a
atualidade de alguns países (como vivem, população, idioma, economia, cultura,
história, música, religião);
Análise de dados do IBGE
sobre a composição da população brasileira por cor, renda e escolaridade no
país e no município em uma perspectiva geográfica;
ENSINO RELIGIOSO
Estudo sobre a
influência das celebrações religiosas das tradições afros na cultura do Brasil.
Pesquisa acerca
das religiões africanas e indígenas presentes
no Brasil.
Estudo dos orixás
e dos deuses;
EDUCAÇÃO ARTÍSTICA / ARTE
A presença de
elementos e rituais das culturas de matriz africana e indígena nas
manifestações populares brasileiras;
A contribuição
artística da cultura africana e indígena na formação da Música Brasileira;
A poética
musical envolvendo a temática do negro e do índio;
Nossos cantores
e compositores negros e indígenas. A cultura afro-brasileira e indígena e as
artes plásticas: máscaras, esculturas (argila, madeira, metal); ornamentos;
tapeçaria; tecelagem; pintura corporal; estamparia.
Estudar a culinária dos povos africanos e
indígenas;
Confeccionar objetos
advindos da cultura afro-brasileira e indígena (instrumentos musicais, adornos,
lúdicos e de sobrevivência);
BIOLOGIA / CIÊNCIAS
Resgatar a cultura medicinal
indígena (Plantas);
Confeccionar um horto
medicinal;
Estudar sobre as teorias
antropológicas;
Desmistificar das teorias
racistas, destituindo de significado a pseudo-superioridade racial;
Estudar as características
biológicas (biótipo) dos diversos povos;
Contribuição dos povos
africanos e indígenas para os avanços da Ciência e da Tecnologia;
Refletir e analisar sobre o
panorama da saúde dos africanos e dos
indígenas;
QUÍMICA
Pesquisar a composição
química das plantas;
EDUCAÇÃO FÍSICA
Explorar brincadeiras e jogos ensinados e praticados entre
comunidades ou descendentes de africanos ou indígenas para desenvolver a bilateralidade,
tempo/espaço, a coordenação motora, entre outros;
MATEMÁTICA
Efetuar pesquisa
estatística, População e Amostra, Dados, Tabelas e Gráficos.
Aplicar
o conhecimento na resolução de situações-problema e análise de gráficos de
diferentes funções envolvendo questões afro-brasileiras e indígenas;
Análise dos dados do IBGE sobre a
composição da população brasileira e por cor, renda e escolaridade no país e no
município.
Efetuar
a estimativa
Estudar
medidas de Área, Comprimento e Volume
(Cultura Africana e Indígena: quantificação
- peso, altura,
distância, tempo, capacidade, entre outras).
Analisar
o sistema de numeração (Indígena: contagem de tempo, divisão do trabalho e da produção,
quantificação de produção. Na Cultura
Africana: sistemas de numeração de bases diferentes).
Aplicar a Geometria (Africanos e Indígenas: simetria nas
composições das pinturas corporais e dos utensílios sendo possível explorar
também paralelismo, perpendicularismo; estudo das pirâmides e triângulos;
simetria, forma dos objetos utilitários e decorativos, formas dos instrumentos
mais utilizados. Indígenas: construção de canoas e remos, flechas e suas
especificidades e brinquedos).
3
JUSTIFICATIVA
Vivemos em
uma sociedade plural e democrática, sendo assim precisamos respeitar os
diferentes grupos e culturas que a constituem. O
estudo da História Africana e Indígena busca sanar esta lacuna nos sistemas
educacionais brasileiros.
A
falta de conhecimento acerca da cultura afro-brasileira e indígena traz
consequências desastrosas sobre a população brasileira, já que cria um ambiente
de exclusões étnicas, os quais denominamos de racismos. Existe um processo de
criação de credos sobre a inferioridade do negro e do indígena, desta forma a
ausência desse estudo, em primeiro lugar, retira a oportunidade dos
Afrobrasileiiros e indígenas em construírem uma identidade positiva sobre as
nossas origens.
Este projeto tem o intuito de preservar, incentivar e valorizar as
manifestações culturais dos descendentes da imigração Africana e dos habitantes
brasileiros população indígena, bem como, aplicar a Lei 11.645/03/2008, que
estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no
currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e
Cultura Afrobrasileira e Indígena” que aborda os diversos aspectos da história
e da cultura desses povos na formação da identidade brasileira.
4
PLANEJAMENTO
4.1 Tarefas
introdutórias
O
projeto terá como data de início o dia 21 de março data que aborda a luta
contra a "Discriminação Racial";
Turno da manhã e noite (Ensino médio e
EJA):
Abertura
Vídeo
"Cultura Afrobrasileira";
Vídeo
"Índios do Brasil";
Filme
"Escritores da liberdade" ou "O grande desafio";
No
intervalo serão servidas comidas típicas:
Origem
Indígena: Beiju ou Biju,
Tapioca e Paçoca de amendoim;
Origem Afrobrasileira: Arroz Doce, Bolo de Cenoura,
Bolo Especial sem Farinha, Empadinha e Quindim (Palavra de origem africana que
significa dengo, encanto); (Anexo A).
Comentários e debate sobre o filme e os vídeos exibidos;
Apreciação e Declamação
de poesias (por alunos do
Grupo de teatro Castro em cena); (Anexo B);
Sarau cultural: apresentando
manifestações afrobrasileras e indígenas;
Turno da tarde (Ensino Fundamental Séries Finais):
Abertura
Vídeo
"Cultura Afrobrasileira"[1];
Vídeo
"Índios do Brasil"
Filme
"Um sonho possível"
No
intervalo serão servidas comidas típicas:
Origem
Indígena: Beiju ou Biju,
Tapioca e Paçoca de amendoim;
Origem Afrobrasileira: Arroz Doce, Bolo de Cenoura,
Bolo Especial sem Farinha, Empadinha e Quindim (Palavra de origem africana que
significa dengo, encanto); (Anexo A).
Comentários e debate sobre o filme e os vídeos exibidos;
Apreciação e
Declamação de poesias (por
alunos do Grupo de teatro Castro em cena); (Anexo B);
Sarau cultural: apresentando
manifestações afrobrasileras e indígenas;
Turno da tarde (Ensino
Fundamental Séries Iniciais)
Abertura
Apreciação e declamação de Poesia de
Castro Alves (por alunos do Grupo de teatro Castro em cena);
Se o índio, o negro africano,
E mesmo o perito Hispano
Tem sofrido servidão;
Ah! Não pode ser escravo
Quem nasceu no solo bravo
Da brasileira região!
E mesmo o perito Hispano
Tem sofrido servidão;
Ah! Não pode ser escravo
Quem nasceu no solo bravo
Da brasileira região!
Filme: Shrek - Para sempre
Intervalo com comidas típicas;
Sarau cultural: apresentando
manifestações afrobrasileras e indígenas;
4.2 Desenvolvimento
O
presente projeto será desenvolvido de acordo com os objetivos específicos
elencados em cada disciplina e os mesmos serão trabalhados
interdisciplinarmente.
Como
sugestão serão listados alguns filmes que abordam a temática estudada: Homens
de Honra, O xadrez das cores, A Incrível História da Mulher que Mudou de Cor,
Quase Deuses, La Amistad, Quanto vale ou é por quilo?, Malcolm X, Tempo de
matar, Duelo de Titãs, Cidade de Deus, Diamantes de sangue e Ao mestre com
carinho;
Sugestões
de livros infantis:
Menina Bonita do Laço de Fita
Autor: Ana Maria Machado
Faixa Etária: a partir dos 3 anos
A autora coloca em cena,
através da história de um coelho branco que se apaixona por uma menina negra,
alguns assuntos muito debatidos nos dias de hoje, como a auto-estima das
crianças negras e a igualdade racial.
Luana, A Menina Que Viu O Brasil Neném
Luana, A Menina Que Viu O Brasil Neném
Autores: Oswaldo Faustino,
Arthur Garcia e Aroldo Macedo
Faixa Etária: 4 a 8 anos
O livro conta a história de
Luana, uma menina de 8 anos que adora lutar capoeira, e a historia do
descobrimento do Brasil. Ao lado de seu berimbau mágico, ela leva o leitor a
outras épocas e lugares e mostra o quão rica é a cultura brasileira, além da
importância das diferentes etnias existentes por aqui.
Tudo Bem Ser Diferente
Autor: Todd Parr
Faixa Etária: 4 a 8 anos
A obra ensina as crianças a
cultivar a paz e os bons sentimentos. O autor lida com as diferenças entre as
pessoas de uma maneira divertida e simples, abordando assuntos que deixam os
adultos sem resposta, como adoção, separação de pais, deficiências físicas e
preconceitos raciais.
O Menino Marrom
Autor: Ziraldo
Faixa Etária: a partir de 7
anos
O Menino Marrom conta a
historia da amizade entre dois meninos, um negro e um branco. Através da
convivência aventureira dessas crianças ao longo de suas vidas, o autor pontua
as diferenças humanas, realçando os preconceitos em alguns momentos.
Diversidade
Diversidade
Autor: Tatiana Belinky
Faixa etária: 8 a 12 anos
O livro mostra, através de
versos, porque é importante sermos todos diferentes. A autora fala que não
basta reconhecer que as pessoas não são iguais, é preciso saber respeitar as
diferenças.
Filmes
a serem trabalhados na Escola Ensino
Fundamental Séries Iniciais
Em O Corcunda de Notre Dame, a história
baseia-se em Quasímodo, que era uma criança que viveu escondida numa catedral,
ele sempre assistia o dia-a-dia das pessoas, até que um dia ele resolve sair
dali e ir conhecer o mundo. Quasímodo é muito repudiado pelas pessoas, pelo
fato de ser corcunda sofre muito. Até que ele conhece Esmeralda, uma linda
cigana, por quem se apaixona, mas terá que enfrentar um rival para ficar com o
amor da moça. De maneira lúdica o educador deve não só relacionar os filmes,
mas também os problematizar, questionando suas origens e o porquê daquela
história.
A
história de A dama e o vagabundo
fala de uma cachorrinha de classe alta chamada Lady que se sente abandonada
pelos donos quando eles têm um bebê e acaba se envolvendo com um cachorro de
rua conhecido como Vagabundo. Os dois terão que lidar com uma injusta tia que,
com seus gatos de estimação, chegam a casa e acabam com o sossego de Lady.
Nessa história o caso evidente é que, existem duas forças antagônicas,
Lady, que é uma cachorrinha de classe alta e Vagabundo, que é um cachorro de
rua, classe baixa. É de suma importância que aqui o professor frise as
diferenças sociais entre os dois, mas que não os impediu de ficar junto. Com
isso, o professor despertará na criança a idéia de que se é possível conviver
com as diferenças e que ninguém é igual ao outro, dando ênfase no respeito
mutuo.
Em Irmão urso, conta a história de
um rapaz em busca de vingança por seu pai ter sido morto por um urso, o índio
Kenai acaba sendo amaldiçoado pelos espíritos da floresta e é transformado em
um urso. Obrigado a viver sob a nova pele, ele começa a ver a realidade sob a
ótica dos animais. Logo faz amizade com outro urso, Koda, mas se vê em apuros
quando seu próprio irmão começa a caçá-lo. Kenai depois de transformado
em urso,passa a ver como é a perspectiva de vida dos animais. Como resultado de
sua jornada, Kenai começa a questionar tudo o que sabe e aprende várias lições
importantes sobre o verdadeiro significado da fraternidade. Ao final, ele
compreende que sua transformação física é insignificante comparada à sua
mudança interior. Além da questão da fraternidade também se pode abordar a
questão das aparências, como diz um velho ditado: “As aparências enganam”. O
professor pode fazer uma brincadeira de troca de papeis para que as crianças
comecem a pensar como o outro pensa, pois assim entenderão que cada um tem o
seu espaço e que devemos respeitar.
4.3
Encerramento do projeto
O
encerramento do projeto dar-se-á no dia 20 de novembro "Dia Nacional da
Consciência Negra";
No
dia 21 de novembro (segunda-feira) haverá Mostra Cultural onde serão
apresentados todos os trabalhos desenvolvidos durante o ano letivo;
REFERÊNCIAS
Educação Anti-racista: caminhos abertos pela Lei Federal
10.639/03
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura_afro-brasileira
http://www.cultura.gov.br/site/2010/09/30/cultura-afro-brasileira-10/
Anexo A –
Receitas
Origem Indígena
Beiju ou Biju
Bolo feito de massa de tapioca ou de
mandioca muito fina, enrolada em forma cilíndrica. Característico da
alimentação indígena, o beiju foi recriado pelo portugueses, que acrescentaram
açúcar e condimentos diversos à massa, e pelos negros, que o enriqueceram
molhando no leite de coco.
Tapioca
Ingredientes
1 kg de fécula de mandioca
ou polvilho doce
2 litros de água
Recheio Coco, Leite Condensado:
200 g de leite condensado
200 g de coco ralado
Recheio de Banana e Queijo:
1 colher (chá) de canela em pó
1/2 xícara (chá) de açúcar
1 colher (sopa) de manteiga
200 g de queijo coalho fatiado
4 bananas-da-terra
Recheio Romeu e Julieta:
200 g de goiabada cremosa caseira ou
pronta
500 g de queijo fresco
Preparo da Receita
Numa tigela,
deixe a fécula de mandioca de molho por 2 horas. Escorra a água
e coloque a fécula sobre um pano branco. Deixe secar por 2 horas e, em seguida,
passe por uma peneira. Leve ao fogo baixo uma frigideira de ferro ou antiaderente,
sem untar. Mantenha a chama baixa. Com uma colher, coloque um pouco de massa na
frigideira, alisando para ficar bem macia, por cerca de 3 minutos, ou até a
tapioca ficar ligada. Repita a operação até terminar a massa.Recheio de Romeu e
Julieta: Feito com 1/2 kg de queijo fresco e 200 g de goiabada cremosa
caseira ou pronta. Com a tapioca ainda na frigideira, coloque as fatias de
queijo e por cima a goiabada. Dobre e sirva quente. Recheio de Coco e Leite
Condensado: Feito com 200 g de coco ralado e 200 g de leite condensado. Espalhe
o coco sobre a tapioca pronta e distribua por cima o leite condensado. Dobre e sirva
quente.
PAÇOCA
DE AMENDOIM
Ingredientes:
2 xícaras(chá) de amendoim torrado sem pele
2 xícaras (chá) de açúcar
2 xícaras (chá de farinha de rosca
1 pitada de sal
1/2 xícara(chá) de leite
2 xícaras(chá) de amendoim torrado sem pele
2 xícaras (chá) de açúcar
2 xícaras (chá de farinha de rosca
1 pitada de sal
1/2 xícara(chá) de leite
Modo de fazer:
Bata no liquidificador, aos poucos, o amendoim até ficar triturado. Coloque em uma tigela, junte o açúcar, a farinha de rosca e o sal.
Acrescente o leite e amasse bem. Em uma forma retangular pequena untada, espalhe a mistura e aperte bem com as costas de uma colher. Leve à geladeira por 3 horas, no mínimo. Corte em quadrados de 5 cma mais ou menos.
Obs.: O amendoim pode ser triturado no processador. Esta é uma das mais simples receitas de paçoquinha, muito boa.
Bata no liquidificador, aos poucos, o amendoim até ficar triturado. Coloque em uma tigela, junte o açúcar, a farinha de rosca e o sal.
Acrescente o leite e amasse bem. Em uma forma retangular pequena untada, espalhe a mistura e aperte bem com as costas de uma colher. Leve à geladeira por 3 horas, no mínimo. Corte em quadrados de 5 cma mais ou menos.
Obs.: O amendoim pode ser triturado no processador. Esta é uma das mais simples receitas de paçoquinha, muito boa.
Origem
Afrobrasileira
Arroz Doce
Ingredientes
folhas de limão
1 pitada de sal
3 xícaras (chá) de água
1 1/4 xícara (chá) de arroz
4 xícaras (chá) de leite
açúcar a gosto
1 lata de doce de leite
1 colher (chá) de canela em pó
folhas de limão
1 pitada de sal
3 xícaras (chá) de água
1 1/4 xícara (chá) de arroz
4 xícaras (chá) de leite
açúcar a gosto
1 lata de doce de leite
1 colher (chá) de canela em pó
Modo de preparo
Em uma panela média, leve ao fogo 3 xícaras (chá) de água com as folhas de limão e o sal. Quando ferver, acrescente o arroz. Cozinhe até ficar macio. Junte o leite e o doce de leite. Acrescente a canela e o açucar se for necessário. Deixe apurar por alguns minutos e retire do fogo. Coloque o arroz em um refratário e polvilhe com canela.
Em uma panela média, leve ao fogo 3 xícaras (chá) de água com as folhas de limão e o sal. Quando ferver, acrescente o arroz. Cozinhe até ficar macio. Junte o leite e o doce de leite. Acrescente a canela e o açucar se for necessário. Deixe apurar por alguns minutos e retire do fogo. Coloque o arroz em um refratário e polvilhe com canela.
Bolo de Cenoura
Ingredientes
3 cenouras médias
3 ovos inteiros
1 xícara (chá) de óleo
3 ovos inteiros
1 xícara (chá) de óleo
Bater tudo no liquidificador
Numa vasilha à parte,
misturar 3 xícaras de farinha de trigo, 2 1/2 xícaras de açúcar, 1 colher
(sopa) de fermento em pó e 1/2 limão ralado.
Modo de preparo
Misture todos os
ingredientes com colher de pau. Coloque em forma untada com margarina e
polvilhada com farinha de trigo e leve ao forno por mais ou menos 20 minutos.
Cobertura de chocolate
Ingredientes
5 colheres (sopa) de açúcar
3 colheres (sopa) de chocolate em pó
1 colher (sopa) de leite
1 colher (sopa) de manteiga
3 colheres (sopa) de chocolate em pó
1 colher (sopa) de leite
1 colher (sopa) de manteiga
Modo de preparo
Coloque tudo na panela e
leve ao fogo até dissolver, depois de pronto, despeje em cima do bolo ainda
quente.
Bolo Especial sem Farinha
Ingredientes:
4 ovos inteiros
1 lata de leite condensado
2 colheres (sopa) de manteiga
1 colher (sopa) de fermento em pó
100g de coco ralado
4 ovos inteiros
1 lata de leite condensado
2 colheres (sopa) de manteiga
1 colher (sopa) de fermento em pó
100g de coco ralado
Modo de preparo:
1- Bater no liquidificador todos os ingredientes
2 - Colocar a massa numa forma e levar para assar em forno pré-aquecido durante 20 minutos.
3 - Faça o teste de palito e sirva
1- Bater no liquidificador todos os ingredientes
2 - Colocar a massa numa forma e levar para assar em forno pré-aquecido durante 20 minutos.
3 - Faça o teste de palito e sirva
Receita Empadinha
Ingredientes:
500g de farinha de trigo
200g de gordura ou manteiga
1 ovo inteiro
1 xícara (café) de água
sal a gosto
1 gema para pincelar
Ingredientes (recheio):
1 cebola ralada
2 colheres (sopa) de manteiga.
1 peito de frango cozido
1/2 xícara (chá) de azeitonas picadas.
1 tomate sem pele e sem semente
500g de farinha de trigo
200g de gordura ou manteiga
1 ovo inteiro
1 xícara (café) de água
sal a gosto
1 gema para pincelar
Ingredientes (recheio):
1 cebola ralada
2 colheres (sopa) de manteiga.
1 peito de frango cozido
1/2 xícara (chá) de azeitonas picadas.
1 tomate sem pele e sem semente
Modo de preparo:
Numa tigela, coloque a farinha, a manteiga, a água, o ovo e o sal.
Amasse bem até conseguir uma massa homogênea.
Prepare o recheio e coloque-o frio.
Coloque na forma Color Cook e leve para assar por 20 minutos
Numa tigela, coloque a farinha, a manteiga, a água, o ovo e o sal.
Amasse bem até conseguir uma massa homogênea.
Prepare o recheio e coloque-o frio.
Coloque na forma Color Cook e leve para assar por 20 minutos
Quindim (Palavra de origem africana que significa dengo, encanto)
Ingredientes
8 gemas
1 xícara ( chá ) de açúcar
1 xícara ( chá ) de coco fresco
8 gemas
1 xícara ( chá ) de açúcar
1 xícara ( chá ) de coco fresco
Modo de Preparo:
Unte com manteiga e açúcar o fundo de 12 formas.
Numa tigela, junte o açúcar, o coco e as gemas e misture muito bem com uma espátula.
Despeje a massa nas formas.
Coloque em banho-maria no forno por uma hora.
Tire do forno e deixe esfriar.
Desenforme e sirva a seguir.
Unte com manteiga e açúcar o fundo de 12 formas.
Numa tigela, junte o açúcar, o coco e as gemas e misture muito bem com uma espátula.
Despeje a massa nas formas.
Coloque em banho-maria no forno por uma hora.
Tire do forno e deixe esfriar.
Desenforme e sirva a seguir.
Anexo B –
Poesias
Navio Negreiro (Castro Alves)
Era
um sonho dantesco... O tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho,
Em sangue a se banhar,
Tinir de ferros... estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite
Horrendos a dançar...
Que das luzernas avermelha o brilho,
Em sangue a se banhar,
Tinir de ferros... estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite
Horrendos a dançar...
Negras
mulheres, suspendendo às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães;
Outras, moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães;
Outras, moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!
E
ri-se a orquestra irónica, estridente...
E da ronda fantástica a serpente
Faz doidas espirais...
Se o velho arqueja, se no chão resvala,
Ouvem-se gritos... o chicote estala.
E voam mais e mais.
E da ronda fantástica a serpente
Faz doidas espirais...
Se o velho arqueja, se no chão resvala,
Ouvem-se gritos... o chicote estala.
E voam mais e mais.
Presa
nos elos de uma só cadeia,
A multidão faminta cambaleia
E chora e dança ali!
Um de raiva delira, outro enlouquece,
Outro, que de martírios embrutece,
Cantando, geme e ri!
A multidão faminta cambaleia
E chora e dança ali!
Um de raiva delira, outro enlouquece,
Outro, que de martírios embrutece,
Cantando, geme e ri!
No
entanto, o capitão manda a manobra,
E após, fitando o céu que se desdobra
Tão puro sobre o mar,
Diz do fumo entre os densos nevoeiros:
“Vibrai rijo o chicote, marinheiros!
Fazei-os mais dançar!...”
E após, fitando o céu que se desdobra
Tão puro sobre o mar,
Diz do fumo entre os densos nevoeiros:
“Vibrai rijo o chicote, marinheiros!
Fazei-os mais dançar!...”
E
ri-se a orquestra irónica, estridente...
E da ronda fantástica a serpente
Faz doidas espirais...
Qual num sonhos dantesco as sombras voam!
Gritos, ais, maldições, preces ressoam
E ri-se Satanás!...
E da ronda fantástica a serpente
Faz doidas espirais...
Qual num sonhos dantesco as sombras voam!
Gritos, ais, maldições, preces ressoam
E ri-se Satanás!...
Conclui
o poeta:
Auriverde
pendão da minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra,
E as promessas divinas da esperança...
Tu, que da liberdade após a guerra,
Foste hasteada dos heróis na lança,
Ante te tivessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra,
E as promessas divinas da esperança...
Tu, que da liberdade após a guerra,
Foste hasteada dos heróis na lança,
Ante te tivessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!
I Juca Pirama de Gonçalves Dias
X
Um velho Timbira, coberto de glória,
Guardou a memória
Do moço guerreiro, do velho Tupi!
E à noite, nas tabas, se alguém duvidava
Do que ele contava,
Dizia prudente: - "Meninos, eu vi!
"Eu vi o brioso no largo terreiro
Cantar prisioneiro
Seu canto de morte, que nunca esqueci:
Valente, como era, chorou sem ter pejo;
Parece que o vejo,
Que o tenho nest'hora diante de mi.
"Eu disse comigo: Que infâmia d'escravo!
Pois não, era um bravo;
Valente e brioso, como ele, não vi!
E à fé que vos digo: parece-me encanto
Que quem chorou tanto,
Tivesse a coragem que tinha o Tupi!"
Assim o Timbira, coberto de glória,
Guardava a memória
Do moço guerreiro, do velho Tupi.
E à noite nas tabas, se alguém duvidava
Do que ele contava,
Tornava prudente: "Meninos, eu vi!".
Guardou a memória
Do moço guerreiro, do velho Tupi!
E à noite, nas tabas, se alguém duvidava
Do que ele contava,
Dizia prudente: - "Meninos, eu vi!
"Eu vi o brioso no largo terreiro
Cantar prisioneiro
Seu canto de morte, que nunca esqueci:
Valente, como era, chorou sem ter pejo;
Parece que o vejo,
Que o tenho nest'hora diante de mi.
"Eu disse comigo: Que infâmia d'escravo!
Pois não, era um bravo;
Valente e brioso, como ele, não vi!
E à fé que vos digo: parece-me encanto
Que quem chorou tanto,
Tivesse a coragem que tinha o Tupi!"
Assim o Timbira, coberto de glória,
Guardava a memória
Do moço guerreiro, do velho Tupi.
E à noite nas tabas, se alguém duvidava
Do que ele contava,
Tornava prudente: "Meninos, eu vi!".