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quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Projeto Cultura Afro-brasileira e indígena: Conhecer para respeitar


                                
CULTURA AFRO-INDÍGENA: CONHECER PARA RESPEITAR
 
 
Projeto construído com o intuito de expandir o conhecimento de educadores e educandos acerca da importância da cultura afro-indígena, aplicado na E. E. E. M.  Castro Alves.
 
Construído por Catia Silene Delatorre
 
 


1 TÍTULO DO PROJETO

 

 
Cultura Afro-brasileira e indígena: conhecer para respeitar
 

 

           
 
 


2 OBJETIVOS

 

2.1 Objetivo geral

 

Preservar, incentivar e valorizar as manifestações culturais dos descendentes da imigração Africana e dos habitantes brasileiros população indígena.

 

2.2 Objetivos específicos

 

            Desmistificar ideias e concepções (pré) adquiridas e geralmente carregadas de sentidos negativos e desvalorativos;
Convidar Grupo de Cultura Afro-brasileira para efetuar apresentação e palestra;
Efetuar passeio cultura para Reserva Indígena de Vicente Dutra;
Efetuar pesquisa elencando, as práticas religiosas dos antepassados e a atual - Cosmologia (crenças – rituais que são celebrados), os hábitos, costumes, mitos, festas, os aspectos históricos e geográficos da comunidade: a paisagem, rios, tipos de moradias, economia; o papel do cacique e do pajé na comunidade; o aspecto histórico: forma de organização, hierarquias, datas importantes, relações de poder, relação com a sociedade envolvente, regras e leis; como as crianças aprendem por meio da cultura oral dos mais velhos e o que elas aprendem na escola; e, finalmente, como se dá a educação na cultura, envolvendo o papel dos mais velhos na educação de seus filhos e como acontece essa educação;
           
SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
 
Contagem da história "Menina bonita do laço de fita", dramatização, interpretação da história.
A "Lenda do tambor", história e dramatização.
Histórias infantis africanas. Conto: "Ynari, a menina das cinco tranças", Confecção da boneca.
 
SÉRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
 
LINGUA PORTUGUESA, LITERATURA E LÍNGUAS ADICIONAIS
 
Realizar com os alunos estudos e pesquisas de países que falam a língua portuguesa. O que os une? Quais as razões? Atualmente como estão esses países? Qual a composição étnica? Apurar diferenças do português falado e escrito entre eles. Exemplos: na alimentação: vatapá, acarajé, caruru, canjica, etc...; na música: os instrumentos musicais maracá, cuíca, atabaque, rece-reco, agogô, e  na religião: umbanda e candomblé.
Ler, interpretar e produzir textos de gêneros distintos sobre a temática abordada;
            Apresentar leituras realizadas em forma de Seminário;
            Estudar as palavras e sua origem indígena e africana;
            Resgatar a música afro-brasileira e indígena;
Produzir paródias em Língua Espanhola a partir dos ritmos;
Debater sobre textos propostos aos alunos, solicitar que produzam textos sobre temas como: o racismo no Brasil; a presença do negro na mídia; políticas afirmativas, cotas; mercado de trabalho, etc.
Analisar implicações de carga pejorativa atribuída ao termo negro e outras expressões do vocabulário.
Realizar com os alunos estudos de obras literárias de escritores negros como Cruz e Souza, Lima Barreto, Machado de Assis, Solano Trindade, etc., destacando a contribuição do povo negro à cultura nacional;
Ler e interpretar letras de músicas relacionadas à questão racial e indígena.
Propiciar acesso aos gêneros musicais do samba, rap, blues, maracatu...
Propor que os alunos produzam poesias relacionadas ao povo afro-brasileiro e indígena e sua cultura.
Realizar estudos de obras brasileiras que discutam, abordem questões relacionadas à cultura afro-brasileira e indígena: Macunaíma, Mário de Andrade; Casa Grande e Senzala, Gilberto Freyre; O Escravo, Castro Alves; Sermões do Pe Antonio Vieira; A cidade de Deus, Paulo Lins; O mulato, Aluísio de Azevedo; O bom crioulo, Adolfo Caminha. Concepções Indianistas: (José de Alencar) Ubirajara, Iracema, entre outros.
Na pintura, interpretar obras de Di Cavalcanti, Lazar Segall e Cândido Portinari que retratam a figura do negro; Debret,  (Moema, 1866) Victor Meirelles;
 
 HISTÓRIA
 
Construir um novo olhar sobre a história nacional/regional local e ressaltar a contribuição dos africanos e indígenas na constituição da nação brasileira.
Estudar os remanescentes de quilombos, sua cultura material e imaterial e as resistências do povo negro (Quilombos, Revolta dos Maiês, Canudos, Revolta da Chibata e todas as formas de negociação e conflito); do significado da data 20 de novembro, repensando o 13 de maio.
Resgatar a trajetória  do negro no Brasil;
            Verificar como se deu a evolução econômica, cultural, política, social indígena;
            Esclarecer sobre a desapropriação de terras por povos indígenas;
Pesquisar o Sistema econômico utilizados por povos africanos e indígenas;
 
GEOGRAFIA
 
Sendo a Geografia a ciência cujo objetivo é o espaço geográfico e suas interelações:
A população brasileira: miscigenação de povos;
A distribuição espacial da população afrodescendentes e indígena no Brasil;
A contribuição do negro e do índio na construção da nação brasileira;
O movimento do povo africano e indígena no tempo e no espaço: Questões relativas ao trabalho e a renda; A colonização da África pelos europeus; A origem dos grupos étnicos que foram trazidos para o Brasil (rota da escravidão; A política de imigração e a teoria do embranquecimento no mundo; Localização no mapa e pesquisar sobre a atualidade de alguns países (como vivem, população, idioma, economia, cultura, história, música, religião);
Análise de dados do IBGE sobre a composição da população brasileira por cor, renda e escolaridade no país e no município em uma perspectiva geográfica;
 
 
 
 
ENSINO RELIGIOSO
 
Estudo sobre a influência das celebrações religiosas das tradições afros na cultura do Brasil.
Pesquisa acerca das religiões africanas  e indígenas presentes no Brasil.
Estudo dos orixás e dos deuses;
 
EDUCAÇÃO ARTÍSTICA / ARTE
 
A presença de elementos e rituais das culturas de matriz africana e indígena nas manifestações populares brasileiras;
A contribuição artística da cultura africana e indígena na formação da Música Brasileira;
A poética musical envolvendo a temática do negro e do índio;
Nossos cantores e compositores negros e indígenas. A cultura afro-brasileira e indígena e as artes plásticas: máscaras, esculturas (argila, madeira, metal); ornamentos; tapeçaria; tecelagem; pintura corporal; estamparia.
Estudar a culinária dos povos africanos e indígenas;
Confeccionar objetos advindos da cultura afro-brasileira e indígena (instrumentos musicais, adornos, lúdicos e de sobrevivência);
 
BIOLOGIA / CIÊNCIAS
 
Resgatar a cultura medicinal indígena (Plantas);
Confeccionar um horto medicinal;
Estudar sobre as teorias antropológicas;
Desmistificar das teorias racistas, destituindo de significado a pseudo-superioridade racial;
Estudar as características biológicas (biótipo) dos diversos povos;
Contribuição dos povos africanos e indígenas para os avanços da Ciência e da Tecnologia;
Refletir e analisar sobre o panorama da saúde dos africanos  e dos indígenas;
 
 
QUÍMICA
 
Pesquisar a composição química das plantas;
 
EDUCAÇÃO FÍSICA
 
Explorar brincadeiras e jogos ensinados e praticados entre comunidades ou descendentes de africanos ou indígenas para desenvolver a bilateralidade, tempo/espaço, a coordenação motora, entre outros;
    
 MATEMÁTICA
 
Efetuar pesquisa estatística, População e Amostra, Dados, Tabelas e Gráficos.
Aplicar o conhecimento na resolução de situações-problema e análise de gráficos de diferentes funções envolvendo questões afro-brasileiras e indígenas;
 Análise dos dados do IBGE sobre a composição da população brasileira e por cor, renda e escolaridade no país e no município.
            Efetuar a estimativa
            Estudar medidas de Área, Comprimento e Volume (Cultura Africana e Indígena: quantificação - peso, altura, distância, tempo, capacidade, entre outras). 
            Analisar o sistema de numeração (Indígena: contagem de tempo, divisão do trabalho e da produção, quantificação de produção. Na Cultura Africana: sistemas de numeração de bases diferentes).
Aplicar a Geometria (Africanos e Indígenas: simetria nas composições das pinturas corporais e dos utensílios sendo possível explorar também paralelismo, perpendicularismo; estudo das pirâmides e triângulos; simetria, forma dos objetos utilitários e decorativos, formas dos instrumentos mais utilizados. Indígenas: construção de canoas e remos, flechas e suas especificidades e brinquedos). 
 
 
 
 
 


3 JUSTIFICATIVA

 
 
                                       
Vivemos em uma sociedade plural e democrática, sendo assim precisamos respeitar os diferentes grupos e culturas que a constituem. O estudo da História Africana e Indígena busca sanar esta lacuna nos sistemas educacionais brasileiros.
A falta de conhecimento acerca da cultura afro-brasileira e indígena traz consequências desastrosas sobre a população brasileira, já que cria um ambiente de exclusões étnicas, os quais denominamos de racismos. Existe um processo de criação de credos sobre a inferioridade do negro e do indígena, desta forma a ausência desse estudo, em primeiro lugar, retira a oportunidade dos Afrobrasileiiros e indígenas em construírem uma identidade positiva sobre as nossas origens.

Este projeto tem o intuito de preservar, incentivar e valorizar as manifestações culturais dos descendentes da imigração Africana e dos habitantes brasileiros população indígena, bem como, aplicar a Lei 11.645/03/2008, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afrobrasileira e Indígena” que aborda os diversos aspectos da história e da cultura desses povos na formação da identidade brasileira.



4 PLANEJAMENTO

 
           

4.1 Tarefas introdutórias

 
            O projeto terá como data de início o dia 21 de março data que aborda a luta contra a "Discriminação Racial";
            Turno da manhã e noite (Ensino médio e EJA):
            Abertura
            Vídeo "Cultura Afrobrasileira";
            Vídeo "Índios do Brasil";
            Filme "Escritores da liberdade" ou "O grande desafio";
            No intervalo serão servidas comidas típicas:
Origem Indígena: Beiju ou Biju, Tapioca e Paçoca de amendoim;
            Origem Afrobrasileira: Arroz Doce, Bolo de Cenoura, Bolo Especial sem Farinha, Empadinha e Quindim (Palavra de origem africana que significa dengo, encanto); (Anexo A).
            Comentários e debate sobre o filme e os vídeos exibidos;
            Apreciação e Declamação de poesias (por alunos do Grupo de teatro Castro em cena); (Anexo B);
            Sarau cultural: apresentando manifestações afrobrasileras e indígenas;
 
            Turno da tarde (Ensino Fundamental Séries Finais):
            Abertura
            Vídeo "Cultura Afrobrasileira"[1];
            Vídeo "Índios do Brasil"
            Filme "Um sonho possível"
            No intervalo serão servidas comidas típicas:
Origem Indígena: Beiju ou Biju, Tapioca e Paçoca de amendoim;
            Origem Afrobrasileira: Arroz Doce, Bolo de Cenoura, Bolo Especial sem Farinha, Empadinha e Quindim (Palavra de origem africana que significa dengo, encanto); (Anexo A).
            Comentários e debate sobre o filme e os vídeos exibidos;
            Apreciação e Declamação de poesias (por alunos do Grupo de teatro Castro em cena); (Anexo B);
            Sarau cultural: apresentando manifestações afrobrasileras e indígenas;
 
            Turno da tarde (Ensino Fundamental Séries Iniciais)
            Abertura
            Apreciação e declamação de Poesia de Castro Alves (por alunos do Grupo de teatro Castro em cena);
Se o índio, o negro africano,
E mesmo o perito Hispano
Tem sofrido servidão;
Ah! Não pode ser escravo
Quem nasceu no solo bravo
Da brasileira região!
 
            Filme: Shrek - Para sempre
            Intervalo com comidas típicas;
            Sarau cultural: apresentando manifestações afrobrasileras e indígenas;
 

4.2 Desenvolvimento

 

            O presente projeto será desenvolvido de acordo com os objetivos específicos elencados em cada disciplina e os mesmos serão trabalhados interdisciplinarmente.
            Como sugestão serão listados alguns filmes que abordam a temática estudada: Homens de Honra, O xadrez das cores, A Incrível História da Mulher que Mudou de Cor, Quase Deuses, La Amistad, Quanto vale ou é por quilo?, Malcolm X, Tempo de matar, Duelo de Titãs, Cidade de Deus, Diamantes de sangue e Ao mestre com carinho;
            Sugestões de livros infantis:
Menina Bonita do Laço de Fita
Autor: Ana Maria Machado
Faixa Etária: a partir dos 3 anos
A autora coloca em cena, através da história de um coelho branco que se apaixona por uma menina negra, alguns assuntos muito debatidos nos dias de hoje, como a auto-estima das crianças negras e a igualdade racial.

            Luana, A Menina Que Viu O Brasil Neném
Autores: Oswaldo Faustino, Arthur Garcia e Aroldo Macedo
Faixa Etária: 4 a 8 anos
O livro conta a história de Luana, uma menina de 8 anos que adora lutar capoeira, e a historia do descobrimento do Brasil. Ao lado de seu berimbau mágico, ela leva o leitor a outras épocas e lugares e mostra o quão rica é a cultura brasileira, além da importância das diferentes etnias existentes por aqui.

            Tudo Bem Ser Diferente
Autor: Todd Parr
Faixa Etária: 4 a 8 anos
A obra ensina as crianças a cultivar a paz e os bons sentimentos. O autor lida com as diferenças entre as pessoas de uma maneira divertida e simples, abordando assuntos que deixam os adultos sem resposta, como adoção, separação de pais, deficiências físicas e preconceitos raciais.

            O Menino Marrom
Autor: Ziraldo
Faixa Etária: a partir de 7 anos
O Menino Marrom conta a historia da amizade entre dois meninos, um negro e um branco. Através da convivência aventureira dessas crianças ao longo de suas vidas, o autor pontua as diferenças humanas, realçando os preconceitos em alguns momentos.

            Diversidade
Autor: Tatiana Belinky
Faixa etária: 8 a 12 anos
O livro mostra, através de versos, porque é importante sermos todos diferentes. A autora fala que não basta reconhecer que as pessoas não são iguais, é preciso saber respeitar as diferenças.
 
            Filmes a serem trabalhados na Escola Ensino Fundamental Séries Iniciais
          Em O Corcunda de Notre Dame, a história baseia-se em Quasímodo, que era uma criança que viveu escondida numa catedral, ele sempre assistia o dia-a-dia das pessoas, até que um dia ele resolve sair dali e ir conhecer o mundo. Quasímodo é muito repudiado pelas pessoas, pelo fato de ser corcunda sofre muito. Até que ele conhece Esmeralda, uma linda cigana, por quem se apaixona, mas terá que enfrentar um rival para ficar com o amor da moça. De maneira lúdica o educador deve não só relacionar os filmes, mas também os problematizar, questionando suas origens e o porquê daquela história.
           A história de A dama e o vagabundo fala de uma cachorrinha de classe alta chamada Lady que se sente abandonada pelos donos quando eles têm um bebê e acaba se envolvendo com um cachorro de rua conhecido como Vagabundo. Os dois terão que lidar com uma injusta tia que, com seus gatos de estimação, chegam a casa e acabam com o sossego de Lady.  Nessa história o caso evidente é que, existem duas forças antagônicas, Lady, que é uma cachorrinha de classe alta e Vagabundo, que é um cachorro de rua, classe baixa. É de suma importância que aqui o professor frise as diferenças sociais entre os dois, mas que não os impediu de ficar junto. Com isso, o professor despertará na criança a idéia de que se é possível conviver com as diferenças e que ninguém é igual ao outro, dando ênfase no respeito mutuo.
              Em Irmão urso, conta a história de um rapaz em busca de vingança por seu pai ter sido morto por um urso, o índio Kenai acaba sendo amaldiçoado pelos espíritos da floresta e é transformado em um urso. Obrigado a viver sob a nova pele, ele começa a ver a realidade sob a ótica dos animais. Logo faz amizade com outro urso, Koda, mas se vê em apuros quando seu próprio irmão começa a caçá-lo.  Kenai depois de transformado em urso,passa a ver como é a perspectiva de vida dos animais. Como resultado de sua jornada, Kenai começa a questionar tudo o que sabe e aprende várias lições importantes sobre o verdadeiro significado da fraternidade. Ao final, ele compreende que sua transformação física é insignificante comparada à sua mudança interior. Além da questão da fraternidade também se pode abordar a questão das aparências, como diz um velho ditado: “As aparências enganam”. O professor pode fazer uma brincadeira de troca de papeis para que as crianças comecem a pensar como o outro pensa, pois assim entenderão que cada um tem o seu espaço e que devemos respeitar.
 

4.3 Encerramento do projeto

 
            O encerramento do projeto dar-se-á no dia 20 de novembro "Dia Nacional da Consciência Negra";
            No dia 21 de novembro (segunda-feira) haverá Mostra Cultural onde serão apresentados todos os trabalhos desenvolvidos durante o ano letivo;


REFERÊNCIAS

 

 
Educação Anti-racista: caminhos abertos pela Lei Federal 10.639/03
 
 

http://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura_afro-brasileira

 
 
 
 
http://www.cultura.gov.br/site/2010/09/30/cultura-afro-brasileira-10/
 
 
 
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ANEXOS



Anexo A – Receitas

 
Origem Indígena
 
Beiju ou Biju
Bolo feito de massa de tapioca ou de mandioca muito fina, enrolada em forma cilíndrica. Característico da alimentação indígena, o beiju foi recriado pelo portugueses, que acrescentaram açúcar e condimentos diversos à massa, e pelos negros, que o enriqueceram molhando no leite de coco.

        

         Tapioca

Ingredientes

1 kg de fécula de mandioca ou polvilho doce
 2 litros de água
Recheio Coco, Leite Condensado:
 200 g de leite condensado
200 g de coco ralado
Recheio de Banana e Queijo:
1 colher (chá) de canela em pó
1/2 xícara (chá) de açúcar
1 colher (sopa) de manteiga
200 g de queijo coalho fatiado
4 bananas-da-terra
Recheio Romeu e Julieta:
200 g de goiabada cremosa caseira ou pronta
500 g de queijo fresco

Preparo da Receita

Numa tigela, deixe a fécula de mandioca de molho por 2 horas. Escorra a água e coloque a fécula sobre um pano branco. Deixe secar por 2 horas e, em seguida, passe por uma peneira. Leve ao fogo baixo uma frigideira de ferro ou antiaderente, sem untar. Mantenha a chama baixa. Com uma colher, coloque um pouco de massa na frigideira, alisando para ficar bem macia, por cerca de 3 minutos, ou até a tapioca ficar ligada. Repita a operação até terminar a massa.Recheio de Romeu e Julieta: Feito com 1/2 kg de queijo fresco e 200 g de goiabada cremosa caseira ou pronta. Com a tapioca ainda na frigideira, coloque as fatias de queijo e por cima a goiabada. Dobre e sirva quente. Recheio de Coco e Leite Condensado: Feito com 200 g de coco ralado e 200 g de leite condensado. Espalhe o coco sobre a tapioca pronta e distribua por cima o leite condensado. Dobre e sirva quente.
 
            PAÇOCA DE AMENDOIM
Ingredientes:
2 xícaras(chá) de amendoim torrado sem pele
2 xícaras (chá) de açúcar
2 xícaras (chá de farinha de rosca
1 pitada de sal
1/2 xícara(chá) de leite
Modo de fazer:
Bata no liquidificador, aos poucos, o amendoim até ficar triturado. Coloque em uma tigela, junte o açúcar, a farinha de rosca e o sal.
Acrescente o leite e amasse bem. Em uma forma retangular pequena untada, espalhe a mistura e aperte bem com as costas de uma colher. Leve à geladeira por 3 horas, no mínimo. Corte em quadrados de 5 cma mais ou menos.

Obs.: O amendoim pode ser triturado no processador. Esta é uma das mais simples receitas de paçoquinha, muito boa.
 
 
 
 
            Origem Afrobrasileira
           
            Arroz Doce
Ingredientes
folhas de limão
1 pitada de sal
3 xícaras (chá) de água
1 1/4 xícara (chá) de arroz
4 xícaras (chá) de leite
açúcar a gosto
1 lata de doce de leite
1 colher (chá) de canela em pó
Modo de preparo
Em uma panela média, leve ao fogo 3 xícaras (chá) de água com as folhas de limão e o sal. Quando ferver, acrescente o arroz. Cozinhe até ficar macio. Junte o leite e o doce de leite. Acrescente a canela e o açucar se for necessário. Deixe apurar por alguns minutos e retire do fogo. Coloque o arroz em um refratário e polvilhe com canela.
 
Bolo de Cenoura
Ingredientes
3 cenouras médias
3 ovos inteiros
1 xícara (chá) de óleo
Bater tudo no liquidificador
Numa vasilha à parte, misturar 3 xícaras de farinha de trigo, 2 1/2 xícaras de açúcar, 1 colher (sopa) de fermento em pó e 1/2 limão ralado.
Modo de preparo
Misture todos os ingredientes com colher de pau. Coloque em forma untada com margarina e polvilhada com farinha de trigo e leve ao forno por mais ou menos 20 minutos.
Cobertura de chocolate
Ingredientes
5 colheres (sopa) de açúcar
3 colheres (sopa) de chocolate em pó
1 colher (sopa) de leite
1 colher (sopa) de manteiga
Modo de preparo
Coloque tudo na panela e leve ao fogo até dissolver, depois de pronto, despeje em cima do bolo ainda quente.
 
Bolo Especial sem Farinha
Ingredientes:
4 ovos inteiros
1 lata de leite condensado
2 colheres (sopa) de manteiga
1 colher (sopa) de fermento em pó
100g de coco ralado
Modo de preparo:
1- Bater no liquidificador todos os ingredientes
2 - Colocar a massa numa forma e levar para assar em forno pré-aquecido durante 20 minutos.
3 - Faça o teste de palito e sirva
 
Receita Empadinha
Ingredientes:
500g de farinha de trigo
200g de gordura ou manteiga
1 ovo inteiro
1 xícara (café) de água
sal a gosto
1 gema para pincelar
Ingredientes (recheio):
1 cebola ralada
2 colheres (sopa) de manteiga.
1 peito de frango cozido
1/2 xícara (chá) de azeitonas picadas.
1 tomate sem pele e sem semente
Modo de preparo:
Numa tigela, coloque a farinha, a manteiga, a água, o ovo e o sal.
Amasse bem até conseguir uma massa homogênea.
Prepare o recheio e coloque-o frio.
Coloque na forma Color Cook e leve para assar por 20 minutos
 
Quindim (Palavra de origem africana que significa dengo, encanto)
Ingredientes
8 gemas
1 xícara ( chá ) de açúcar
1 xícara ( chá ) de coco fresco
Modo de Preparo:
Unte com manteiga e açúcar o fundo de 12 formas.
Numa tigela, junte o açúcar, o coco e as gemas e misture muito bem com uma espátula.
Despeje a massa nas formas.
Coloque em banho-maria no forno por uma hora.
Tire do forno e deixe esfriar.
Desenforme e sirva a seguir.


Anexo B – Poesias


 

Navio Negreiro (Castro Alves)

Era um sonho dantesco... O tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho,
Em sangue a se banhar,
Tinir de ferros... estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite
Horrendos a dançar...

Negras mulheres, suspendendo às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães;
Outras, moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!

E ri-se a orquestra irónica, estridente...
E da ronda fantástica a serpente
Faz doidas espirais...
Se o velho arqueja, se no chão resvala,
Ouvem-se gritos... o chicote estala.
E voam mais e mais.

Presa nos elos de uma só cadeia,
A multidão faminta cambaleia
E chora e dança ali!
Um de raiva delira, outro enlouquece,
Outro, que de martírios embrutece,
Cantando, geme e ri!

No entanto, o capitão manda a manobra,
E após, fitando o céu que se desdobra
Tão puro sobre o mar,
Diz do fumo entre os densos nevoeiros:
“Vibrai rijo o chicote, marinheiros!
Fazei-os mais dançar!...”

E ri-se a orquestra irónica, estridente...
E da ronda fantástica a serpente
Faz doidas espirais...
Qual num sonhos dantesco as sombras voam!
Gritos, ais, maldições, preces ressoam
E ri-se Satanás!...

Conclui o poeta:

Auriverde pendão da minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra,
E as promessas divinas da esperança...
Tu, que da liberdade após a guerra,
Foste hasteada dos heróis na lança,
Ante te tivessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!

 

I Juca Pirama de Gonçalves Dias

X

Um velho Timbira, coberto de glória,
Guardou a memória
Do moço guerreiro, do velho Tupi!
E à noite, nas tabas, se alguém duvidava
Do que ele contava,
Dizia prudente: - "Meninos, eu vi!
"Eu vi o brioso no largo terreiro
Cantar prisioneiro
Seu canto de morte, que nunca esqueci:
Valente, como era, chorou sem ter pejo;
Parece que o vejo,
Que o tenho nest'hora diante de mi.
"Eu disse comigo: Que infâmia d'escravo!
Pois não, era um bravo;
Valente e brioso, como ele, não vi!
E à fé que vos digo: parece-me encanto
Que quem chorou tanto,
Tivesse a coragem que tinha o Tupi!"
Assim o Timbira, coberto de glória,
Guardava a memória
Do moço guerreiro, do velho Tupi.
E à noite nas tabas, se alguém duvidava
Do que ele contava,
Tornava prudente: "Meninos, eu vi!".

 



[1] Disponível em <http://www.youtube.com/watch?v=m-XTG-OJ7IQ&feature=related>;